Veja o que muda com a nova política de privacidade do WhatsApp

Com a nova política de privacidade, o WhatsApp vai compartilhar os dados pessoais coletados com o Facebook e outras empresas do grupo. Aqueles que não concordarem com essa mudança, contudo, não poderão permanecer no app. Saiba mais!

Em janeiro de 2021, os usuários do WhatsApp começaram a receber um aviso sobre uma atualização nos termos e política de privacidade do aplicativo. A mudança, que entrará em vigor no dia 08 de fevereiro deste ano, afetará o tratamento de dados pessoais pela companhia. Mas  o que muda com a nova política de privacidade do WhatsApp?

Como será a nova política de privacidade do WhatsApp?

Nova política de privacidade do whatsapp
Notificação do whatsapp sobre sua nova política de privacidade (foto: kris gaiato/reprodução)

De modo geral, o mensageiro vai compartilhar inúmeras informações com o Facebook e outras empresas do grupo. O problema é que, para continuar utilizando o serviço, será preciso aceitar as novas regras obrigatoriamente. Caso contrário, sua conta será “congelada”.

Essa imposição gerou uma repercussão negativa para o WhatsApp, que já recebeu críticas de especialistas em dados pessoais e profissionais do Direito. O assunto também tomou conta do Twitter, que foi inundado por comentários de usuários.

Conforme comunicado oficial, os dados passíveis de compartilhamento incluem informações de registro (como nome e número de telefone), marca e modelo do seu celular, bem como a empresa de telefonia utilizada. Além disso, informações sensíveis também serão compartilhadas. Sobre isso, a empresa listou números de contatos, atualização de status, dados sobre atividades do usuário no app (tempo de uso e momento em que está online, por exemplo) e foto de perfil. O conteúdo das mensagens, no entanto, seguirá encriptado. Em outras palavras, isso significa que o acesso é restrito aos envolvidos na conversa. Dito isto, o compartilhamento com o Facebook não abrange as mensagens.

Regra não se aplica a Reino Unido e União Europeia

Devido a acordos firmados com organizações de proteção de dados, a União Europeia e o Reino Unido são exceções à regra. Alguns interpretaram isso como uma vitória da rígida legislação sobre privacidade e proteção de dados pessoais em curso na região nos últimos anos. O deputado holandês no Parlamento Europeu, Paul Tang, compartilhou em sua conta do Twitter a notícia sobre a mudança das regras para os demais países e comentou: "Por isso a proteção de dados é importante".

Brasil critica nova política de privacidade do WhatsApp

Embora o assunto levante questões sobre proteção de dados, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) aponta que restringir as opções de compartilhamento de informações pessoais no país é algo problemático também do ponto de vista do consumidor. Isso porque, segundo o instituto, o WhatsApp se tornou uma ferramenta de trabalho amplamente utilizada pelos brasileiros. Por consequência, o mensageiro também funciona como um meio de consumo por boa parte dos usuários. Por esse motivo, o Idec analisará medidas judiciais e administrativas para garantir que todos usuários possam permanecer no app, mesmo se não aceitarem as novas regras.

Signal, app rival do WhatsApp, registra novos adeptos

Celular
(foto: pexels/reprodução)

Após o aviso, o número de downloads do aplicativo rival Signal, que também conta com criptografia de ponta a ponta, disparou. Segundo a Sensor Tower, plataforma de análise de dados, mais de 100 mil pessoas instalaram o app. Na última quinta-feira (07), o Signal compartilhou no Twitter que seus provedores estavam enfrentando dificuldades devido à quantidade de novos usuários.

"Os códigos de verificação estão atualmente atrasados em vários provedores porque muitas pessoas novas estão tentando se cadastrar no Signal agora (mal podemos expressar nosso entusiasmo). Estamos trabalhando com as operadoras para resolver isso o mais rápido possível. Mantenham-se firmes", diz a publicação. Por outro lado, o  volume de downloads do WhatsApp caiu 11% nos sete primeiros dias de 2021, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A adoção do aplicativo foi comunicada por diversos usuários da rede social, incluindo grandes personalidades da tecnologia, como o cofundador do Twitter, Jack Dorsey, e o CEO da Tesla, Elon Musk. O Telegram, que é mais conhecido no Brasil e também concorre com o WhatsApp, surfou na onda de críticas e publicou diversos memes sobre a nova política de privacidade do mensageiro. Assim como o Signal, o aplicativo também se beneficiou com a repercussão negativa da notícia, faturando cerca de 2,2 milhões de downloads, segundo a Reuters.

Fonte BBC Brasil Folha Uol
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