Mais de 42% da população recebeu Auxílio Emergencial em outubro, diz IBGE

O Auxílio Emergencial termina neste mês. O IBGE aponta que houve queda no número de beneficiados em outubro em relação a setembro.

O Auxílio Emergencial acaba no fim do ano. Sendo assim, em dezembro ocorrem os últimos pagamentos do benefício para trabalhadores informais, desempregados, mulheres chefes de família e microempreendedores individuais, além de pessoas de baixa renda. Desde setembro, o benefício de R$ 600 passou ter pagamentos de R$ 300, com a prorrogação do auxílio.

Segundo os dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Covid (Pnad COVID-19), cerca de 42,2% da população brasileira recebeu o auxílio emergencial em outubro, ou seja, 29 milhões de famílias. Esse índice é menor que o mês anterior. Em setembro, 43,6% dos brasileiros receberam o benefício.

Além disso, o valor médio recebido em outubro foi de R$ 688,00 por domicílio. Já no mês anterior, a média de recursos era de R$ 902,00.

Por fim, a pesquisa mapeia mensalmente os impactos da pandemia de covid-19 na economia brasileira, a partir de dois índices: saúde e trabalho. A coleta de dados e divulgação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Continuação do Auxílio Emergencial

A continuidade do auxílio emergencial não está prevista e, assim como o período de calamidade pública, termina em 31 de dezembro, destacou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em entrevista ao portal Uol. Segundo ele, a questão sobre a prorrogação do benefício emergencial "é problema do governo, não da Câmara", que está "dando todos os instrumentos para [o governo] enfrentar este ano", disse.

Contudo, hoje (01), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que "alguns" querem perpetuar o auxílio emergencial no Brasil, mas não citou nomes. A declaração aconteceu durante evento em Foz do Iguaçu, no Paraná, que contou com a presença do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.

Bolsonaro ainda disse que é impossível prorrogar o benefício emergencial, já que isso poderia resultar em danos irreversíveis para a economia brasileira. "[A prorrogação] É o caminho certo para o insucesso. Temos que ter a coragem de tomar decisões. Pior que uma decisão até mesmo mal tomada é uma indecisão. Temos que decidir, temos que operar pelo nosso povo, pelo nosso país."

Por fim, vale lembrar que o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou a continuidade do benefício emergencial em caso de 2ª onda de covid-19 no Brasil, no evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em 12 de novembro.

Na ocasião, Guedes disse que a "prorrogação do auxílio emergencial se houver segunda onda não é possibilidade, é certeza". Além disso, declarou que se a situação da doença se agravar no país, "o Brasil reagirá como da primeira vez. Vamos decretar estado de calamidade pública e vamos recriar auxílio emergencial".

 

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