Preso pela PF, Silvinei Vasques tem aposentadoria de R$ 16 mil

Ex-PRF se aposentou em dezembro de 2022, no governo Bolsonaro

Ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, 48 anos, foi preso pela Polícia Federal na quarta-feira, dia 9 de agosto, em Florianópolis, após ser investigado por interferir no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. O mandato expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele No ano passado, antes de Bolsonaro deixar a presidência, ele se aposentou.

Qual o valor da aposentadoria de Silvinei Vasques?

Silvinei Vasques, que é investigado por bloqueios ilegais em rodovias, teve sua aposentadoria integral autorizada no em dezembro de 2022, ainda sob o governo de Jair Bolsonaro. O PRF aposentado recebe em torno de R$ 16 mil, mesmo valor que recebia quando estava na ativa. O Diário Oficial do dia 21 de dezembro do ano passado traz aposentadoria.

Em junho, a remuneração bruta recebida por ele foi de R$ 18.042,05, conforme mostra o Portal da Transparência do governo federal. Já em janeiro, em seu primeiro mês de aposentadoria, o contracheque foi de R$ 16 mil.

Ele fazia parte dos quadros da instituição desde 1995 e conseguiu se aposentar com 50 anos, enquanto a média da aposentadoria entre os brasileiros é de 57,9 anos.

Vasques somava 27 anos de trabalho como policial, mas como entrou no serviço público antes da Reforma da Previdência de 2019, a concessão de aposentadoria obedeceu a regra antiga. Hoje, ele teria que ter no mínimo 55 anos, com 30 de contribuição e 25 de atividade policial.

Prisão

De acordo com as investigações da Polícia Federal, integrantes da PRF teriam feito bloqueios em estradas da Região Nordeste para dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022. “Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à Região Nordeste do país”, explicou a instituição em nota.

Em junho, em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro, no Congresso, Silvinei Vasques negou qualquer plano para impedir eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva no Nordeste de votarem no segundo turno das eleições no ano passado.

Em nota, a PRF informou que o seu corregedor-geral, Vinícius Behrmann, acompanha a operação, desde o início da manhã, na sede da PF, em Brasília, e que a corporação colabora com as autoridades que investigam as denúncias de interferência, “com o fornecimento de dados referentes ao trabalho da instituição, como o número de veículos fiscalizados e multas aplicadas nas rodovias federais”.

Paralelamente às investigações no STF, foram abertos três processos administrativos disciplinares, no âmbito da PRF, para apurar a conduta do ex-diretor-geral. Os procedimentos foram encaminhados à Controladoria-Geral da União (CGU), órgão com competência para apurar a conduta de Silvinei Vasques.

Estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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