Tudo sobre a vacina da Pfizer: veja a eficácia e reações

No Brasil, o imunizante ficou popularmente conhecido como “vacina da Pfizer”.

A Comirnaty, nome comercial dado à vacina contra a covid-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, é produto de uma parceria entre os laboratórios Pfizer (estadunidense) e da BioNTech (alemã). Então saiba tudo sobre a vacina da Pfizer, como o imunizante é popularmente chamado no Brasil.

A vacina tem sido utilizada em larga escala no Plano de Imunização Nacional do País e se tornou a “preferida” dos brasileiros, justamente pela alta eficácia e baixa incidência de reações.

O grande ponto negativo dessa vacina, porém, são as condições de armazenamento, que exigem sua conservação na temperatura de -75ºC. Esse fator é um desafio à logística de vários países e, no Brasil, por exemplo, dificulta que seja utilizada no interior de alguns Estados.

Relacionado: veja a porcentagem de todas as vacinas aqui

Quando a Pfizer começou a ser aplicada no Brasil?

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) concedeu, em 23 de fevereiro de 2021, o registro definitivo à vacina da Pfizer para prevenção da covid-19 no País. Esse registro atesta a segurança, a qualidade e a eficácia da vacina.

Em 19 de março de 2021 a Pfizer assinou com o Governo Federal um contrato que previa a entrega de 100 milhões de doses até o final de 2021. A primeira entrega de doses ocorreu em 29 de abril de 2021.

No dia 14 de maio de 2021, o Governo Federal anunciou a compra de mais um lote de 100 milhões de doses da vacina, que devem ser entregues entre setembro e dezembro de 2021.

Portanto, no total, estão atualmente contratadas 200 milhões de doses da vacina da Pfizer para o ano de 2021, quantidade suficiente para imunizar quase metade da população brasileira.

Como funciona a vacina da Pfizer?

O imunizante utiliza uma tecnologia (baseada em mRNA) que faz com que as células saudáveis do corpo produzam a mesma proteína que o coronavírus utiliza para entrar nas células. Dessa forma, a vacina imita no corpo uma infecção pelo coronavírus, fazendo com que o sistema imune produza anticorpos contra o SARS-CoV-2.

Para que essa ativação de defesa do corpo aconteça, são necessárias duas doses da vacina, no intervalo de 21 dias, equivalente a três semanas.

Com isso, o corpo fica preparado para se defender de maneira mais eficaz em caso de uma infecção real, ou seja, o sistema imune estará apto a neutralizar a proteína do verdadeiro coronavírus e impedir o desenvolvimento da infecção.

Como a vacina da Pfizer possui apenas uma parte sintética do material genético do vírus, e não o vírus em si, não existe a possibilidade de ela provocar covid-19 em quem a recebe.

Qual a eficácia da vacina da Pfizer?

Os estudos científicos realizados entre 2020 e 2021 indicam que, após a administração das duas doses, a vacina da Pfizer possui eficácia entre 80 e 98%. Foi bastante divulgado no Brasil o resultado da terceira fase de testes da vacina, com o percentual de 95% de eficácia.

Outras análises revelam que, mesmo com a aplicação apenas da primeira dose, a vacina da Pfizer apresenta níveis entre 50 e 60% de eficácia.

Além disso, pesquisas indicam que a vacina da Pfizer consegue neutralizar, em laboratório, ainda sem comprovação em pessoas, três variantes do coronavírus que surgiram no Reino Unido e na África do Sul. A vacina também teria capacidade de neutralizar uma variante P.1, conhecida como a “cepa de Manaus”.

Não se pode ignorar que as vacinas, mesmo com alto percentual de eficácia, não impedem a infecção pelo vírus. O imunizante apenas reduz a chance de contágio e, caso ocorra, diminui as chances de desenvolvimento de formas graves da doença.

Quantas doses são necessárias – Tudo sobre a vacina da Pfizer

A recomendação dos fabricantes é para  que sejam dadas duas doses da vacina da Pfizer. A segunda dose deve ser aplicada três semanas após a primeira. No entanto, aqui no Brasil, o Ministério da Saúde adotou um esquema diferente que preconiza um intervalo de três meses.

Intervalo de três meses da Pfizer diminui a eficácia?

A justificativa do Ministério da Saúde para definir o intervalo de três meses entre a primeira e a segunda dose da Pfizer se baseia na decisão de políticas públicas de demais países. Na Inglaterra, por exemplo, também é adotado este mesmo intervalo.

O intervalo maior, de três meses, não altera a eficácia da vacina da Pfizer. A adoção de um intervalo de três meses foi uma estratégia não só do Brasil como de outros países que precisavam ganhar tempo até a chegada de mais imunizantes.

A ideia sempre foi de vacinar o maior número de pessoas com a primeira dose, que embora não seja suficiente para proteger totalmente do coronavírus, já existe uma proteção importante.

Como a imunização só é alcançada 14 dias depois que a segunda dose da vacina da Pfizer é aplicada, o tempo entre uma e outra não interfere na eficácia.

Quais as reações da vacina da Pfizer?

A bula da vacina da Pfizer alerta que “como todas as vacinas, a Comirnaty pode causar efeitos secundários, embora estes não se manifestam em todas as pessoas”.

De acordo com o documento, as reações mais comuns, ou seja, aquelas que ocorrem 10% dos pacientes que tomam a Pfizer são:

  • Dor e inchaço no local de injeção,
  • Cansaço,
  • Dor de cabeça,
  • Diarreia,
  • Dor muscular,
  • Dor nas articulações,
  • Calafrios e febre;

Existem também reações que podem ocorrer em menos de 10% dos pacientes, que são: vermelhidão no local de injeção, náusea e vômito.

Quais países usam a vacina da Pfizer?

São pelo menos 68 países que estão aplicando a vacina da Pfizer. Além do Brasil, Estados Unidos, Austrália e Israel. A “queridinha” do Brasil é a vacina mais aplicada em todo o mundo.

Existem contraindicações para a vacina da Pfizer?

A vacina da Pfizer além de ser segura para gestantes é a única liberada pela Anvisa para ser aplicada em adolescentes de 12 a 18 anos, incluindo com comorbidades e deficiências permanentes.

Existe vacina “melhor”?

Embora muitos brasileiros tenham preferência pela vacina da Pfizer, considerando sua alta eficácia e os poucos efeitos colaterais, deve-se ter em mente que a imunização da população ocorre de maneira coletiva. Além disso, todos os imunizantes podem causar reações adversas.

Como se tem dito no atual contexto pandêmico e de escassez de imunizantes, a melhor vacina é aquela que chegue no seu braço primeiro.

Leia também: Novo calendário de vacinação contra covid em São Paulo até setembro

Você pode gostar também

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Mais detalhes