5 novelas italianas da Globo e onde assistir em 2025
Obras levaram público para a Itália e história da migração italiana

O atração do brasileiro pela Itália tem raízes profundas na formação do país, moldada pela imigração no no final do século XIX. A herança italiana se manifesta na gastronomia, nos sotaques e nas histórias de milhares de famílias, marcando também a trajetória da televisão nacional. Produções como “Terra Nostra” se tornaram ícones da teledramaturgia, assim como outras memoráveis novelas italianas da Globo. Relembre algumas.
A Próxima Vítima – novelas italianas da Globo

Apesar de não ser uma novela italiana, a história de A Próxima Vítima trouxe para a telinha um retrato marcante dos descendentes ítalo-brasileiros e dos cenários icônicos da Mooca e do Bixiga – bairros paulistanos de forte tradição italiana.
É nesse clima de cantinas, mercados e paixões proibidas que conhecemos Ana (Susana Vieira), mulher batalhadora e dona de uma cantina italiana. Há 20 anos, ela vive um relacionamento turbulento com Marcelo (José Wilker), pai de seus três filhos: Carina (Deborah Secco), Sandrinho (André Gonçalves) e Giulio (Eduardo Felipe).
Marcelo, porém, leva uma vida dupla: casado por interesse com a rica Francesca Ferreto (Tereza Rachel), mantém um tórrido romance com Isabela (Claudia Ohana) – sobrinha da própria esposa e noiva de Diego (Marcos Frota), que desconhece a verdadeira face da amada.
Enquanto isso, Juca (Tony Ramos), meio-irmão de Marcelo e dono de uma barraca no Mercado Municipal, nutre uma paixão por Ana, embora ela só tenha olhos para o pai de seus filhos. Ele é pai de Tonico (Selton Mello) e Iara (Georgiana Góes).
A chegada de Romana (Rosamaria Murtinho), irmã de Francesca, movimenta ainda mais a história. Ela desembarca no Brasil acompanhada de Bruno (Alexandre Borges), apresentado como filho adotivo, mas que, na verdade, é seu amante.
Entre segredos e traições, a mansão dos Ferreto se torna palco de grandes reviravoltas. Francesca descobre a relação entre Marcelo e Ana, mas logo em seguida é misteriosamente assassinada. A partir daí, uma série de crimes sem explicação aparente passa a intrigar os personagens e prende o público do início ao fim.
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O Rei do Gado – novelas italianas da Globo

Mais do que contar uma história de amor, O Rei do Gado levou para a TV um retrato da chegada dos imigrantes italianos no Brasil. A novela mostrou a rivalidade entre famílias que prosperaram em terras paulistas, com os Mezenga, ligados à criação de gado, e os Berdinazi, que fizeram fortuna com as plantações de café.
Na primeira fase, ambientada nos anos 1940, Giovanna (Letícia Spiller) é filha de Giuseppe Berdinazi (Tarcísio Meira) e Marieta (Eva Wilma). Cercada pela vigilância dos pais, ela se apaixona por Henrico (Leonardo Brício), herdeiro de Antônio Mezenga (Antonio Fagundes) e Nena (Vera Fischer). O problema? As famílias viviam em pé de guerra por causa de uma faixa de terra, e o romance se torna motivo de grande conflito.
Antônio Mezenga é marcado pela dureza da vida. O pai morreu ainda na travessia da Itália para o Brasil, e ele ergueu a lavoura de café com sacrifício e orgulho das raízes. Uma de suas falas mais emblemáticas resume a saga dos imigrantes: “Meu pai emprenhô minha mãe debaixo de um pé de oliva, na Itália; e ela me pariu aqui, debaixo de um pé de café.” Já Giuseppe Berdinazi, igualmente apaixonado por suas terras, cultivava não apenas café, mas também um ódio profundo pelo vizinho.
O amor de Giovanna e Henrico acaba rompendo as barreiras da rivalidade. Giuseppe, relutante, aceita a união em troca da tão disputada faixa de terra. O trato não se cumpre, e o fazendeiro decide trancar a filha em casa. Mesmo assim, a jovem foge para viver o romance com Henrico, mudando os rumos da disputa.
Na segunda fase, a história avança para acompanhar Bruno Mezenga (Antonio Fagundes), filho de Henrico, e Luana (Patrícia Pillar), uma boia-fria que também carrega o sangue dos Berdinazi. O romance entre os dois revive as marcas do passado, agora em meio ao debate sobre posse de terra.
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Terra Nostra

Em 1999, Benedito Ruy Barbosa conquistou o público com Terra Nostra, uma das novelas mais marcantes da Globo e talvez a mais italiana já exibida pela emissora. A trama trouxe para a TV um capítulo importante da história do Brasil: a chegada dos imigrantes italianos no final do século XIX, que deixaram a crise na Europa para trabalhar nas lavouras de café paulistas após a abolição da escravidão.
No centro da história estava o romance de Matteo (Thiago Lacerda) e Giuliana (Ana Paula Arósio), dois jovens italianos que se conhecem a bordo do navio Andrea I, vindo de Gênova em 1894. O amor entre os dois atravessa tragédias, separações e reencontros até triunfar no desfecho emocionante.
O folhetim retratou desde as dificuldades dos imigrantes nos cafezais até a ascensão de famílias que prosperaram em São Paulo, como os Maglianno, liderados por Francesco (Raul Cortez). Foi nesse ambiente que surgiram os triângulos amorosos, os conflitos de honra e a luta dos trabalhadores por melhores condições de vida, com Matteo se tornando voz dos imigrantes contra o rígido coronel Gumercindo (Antonio Fagundes).
A novela Terra Nostra será reprisada na Globo a partir de 1 de setembro.
Esperança

om o sucesso de Terra Nostra (1999), a Globo voltou a investir em uma história marcada pela imigração italiana. Escrita por Benedito Ruy Barbosa, Esperança (2002) se passa na década de 1930 e mistura romance, política e transformações sociais no Brasil após a crise do café e os efeitos da Grande Depressão de 1929.
A novela acompanha a paixão proibida de Toni (Reynaldo Gianecchini) e Maria (Priscila Fantin), jovens italianos separados pela oposição das famílias. Toni embarca sozinho para o Brasil em busca de uma nova vida, sem saber que Maria está grávida e obrigada a se casar com Martino (José Mayer).
Em São Paulo, o imigrante é acolhido pelo judeu Ezequiel (Gilbert) e sua família, e acaba vivendo um romance com Camilli (Ana Paula Arósio), filha do patrão. O triângulo amoroso se intensifica quando Maria chega ao Brasil com o filho e o marido, que mais tarde é assassinado.
Entre reencontros, perdas e disputas, Toni reconstrói laços com o pai Genaro (Raul Cortez), vive dividido entre os dois amores e enfrenta as tensões políticas da época. No final, Toni e Maria ficam juntos com o filho Martininho, enquanto Camilli assume os negócios da família.
A última cena mostra um salto para os anos 2000, com os protagonistas já idosos.
Está disponível no Globoplay.
Passione

Em 2010, Silvio de Abreu levou ao ar Passione, novela contemporânea ambientada em São Paulo que trouxe fortes doses de melodrama, humor e ação policial. A história girava em torno de segredos familiares e paixões arrebatadoras, com destaque para a revelação de um elo inesperado entre Brasil e Itália.
O enredo tinha como eixo a empresária Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) e o italiano Totó (Tony Ramos), mãe e filho que não sabiam da existência um do outro. Enquanto Bete comandava a poderosa Metalúrgica Gouveia, responsável pela popular bicicleta “Magrela” e pela sofisticada “Skinny”, Totó levava uma vida simples na Toscana.
A novela apresentou intrigas em torno da disputa pelo comando da empresa, com Saulo (Werner Schünemann) tentando assumir a presidência a qualquer custo, além de histórias paralelas marcadas por romances, traições e crimes misteriosos.
Passione uniu duas tradições das tramas italianas na TV Globo: as paixões intensas e os laços familiares entre Brasil e Itália, mantendo a herança cultural viva em um folhetim que misturava emoção e suspense até o último capítulo.
Está disponível no Globoplay.