John Lennon 80 anos: 12 curiosidades sobre o ex-Beatle

O ex-integrante dos Beatles foi assassinado em dezembro de 1980

Certamente um dos músicos mais importantes do Século XX, John Lennon completaria 80 anos em 09 de outubro. O ex-integrante dos Beatles foi assassinado em dezembro de 1980, apenas um mês após lançar seu último disco de estúdio, Double Fantasy.

Seus ex-companheiros de banda, Ringo Starr e Paul McCartney, fizeram postagens em suas redes sociais comemorando o aniversário do falecido amigo. “Eu ainda sinto sua falta, cara. Paz e amor para Yoko, Sean e Julian”, comentou Starr junto com a foto de um CD.

Para comemorar o aniversário de John Lennon, confira 12 fatos interessantes sobre a vida e a carreira do ex-Beatle.

John Lennon queria colocar Jesus Cristo (e Hitler) na capa do Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band

Outtake da sessão de fotos para capa do disco Sgt. Pepper Lonely Hearts Club Band
Por pouco a icônica capa do disco Sgt. Pepper Lonely Hearts Club Band não teve as faces de Jesus Cristo e Adolf Hitler. Fonte: The Beatles/Parlophone

Dentro dos Beatles, John Lennon certamente era o membro mais polêmico – e isso é algo que vem desde cedo. Certa vez, quando ainda estava na catequese recebeu uma punição de freiras por chamar os Fariseus e Escribas de fascistas. Em outra ocasião, já como membro da icônica banda, causou uma enorme polêmica ao afirmar que os Beatles eram “mais populares que Jesus”. Como resultado, e considerando que a banda ainda estava construindo sua fama, Lennon teve que desculpar-se a um jornalista.

Por isso, quando o Beatle sugeriu a McCartney e cia. que colocassem Jesus Cristo (e Hitler) na capa do icônico Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, acabou sendo voto vencido.

Seu último show ao vivo contou com o apoio de Elton John

Após o fim dos Beatles, e mesmo com álbuns bem sucedidos, John Lennon tinha dificuldades em conseguir emplacar um hit número um nas paradas. Mas isso mudou quando ele se aproximou de Elton John. Os dois gravaram juntos a música Whatever Gets You Thru the Night para o disco Walls and Bridges de Lennon.

A parceria foi tão bem-sucedida que chegou a ir ao palco uma vez – na mesma ocasião que se tornou a última aparição de Lennon em um show ao vivo. A participação de Lennon no  show de Elton só ocorreu por causa de uma aposta entre os dois. “Se ela se tornar número um, eu toco um show com você”, prometeu e cumpriu o ex-Beatle.

Lembrando da ocasião em conversa com Sean Lennon (filho de John), Elton comentou “Eu nunca ouvi um barulho, um rugido como aquele” sobre a recepção dos fãs naquela noite fatídica.

Lennon tinha dislexia

John Lennon era uma criança muito inteligente e adorava Letras, mas tirava péssimas notas no colégio. Segundo biógrafos do músico, ele não conseguia fazer coisas “básicas”, como soletrar palavras e escrever com as letras nas ordens certas. Essas dificuldades surgiam como resultado de sua dislexia, que só foi diagnosticada no meio de década de 1970, quando o músico já havia saído do The Beatles e estava em carreira.

O Beatle era um péssimo motorista

John Lennon e Yoko Ono em frente ao carro batido
John Lennon e Yoko Ono mostrando o resultado da “barbeiragem” do ex-Beatle. Fonte: Acervo da família Lennon

Surpreendentemente, embora amasse carros, Lennon era um péssimo motorista. Além de ser míope, o Beatle era braço duro. Certa vez, segundo o biógrafo Philip Norman, conseguiu bater o carro em uma completamente vazia.

O acidente rendeu a John dezessete pontos  na cara, que lhe deixaram com algumas cicatrizes para o resto de sua vida. Fora isso, também rendeu uma bronca da ex-esposa Cynthia Powell, pois ela não sabia que o Beatle havia levado o filho deles (Julian) para a Escócia.

Seus óculos redondos icônicos vieram do set de um filme

Lennon usando seu icônico óculos redondo pela primeira vez
John Lennon usando seu icônico óculos redondo pela primeira vez. Fonte: MGM/Reprodução

Como citado no item anterior, John Lennon tinha uma grande miopia desde sua infância. Porém, mesmo com o problema de visão, o Beatle não conseguia usar seus óculos. Tentou usar algumas armações ao longo da vida (inclusive uma igual a de Buddy Holly, cantor americano), mas nunca se adaptava.

Tudo isso mudou no set de filmagem do longa Como Eu Ganhei a Guerra, em que Lennon interpreta um comandante inapto na Segunda Guerra Mundial. Para o filme, o diretor fez o músico usar uma armação redonda com lentes grossas, e o estilo acabou conquistando o coração conturbado do Beatle. Daquele momento em 1967 até sua morte em 1980, Lennon quase sempre usava os icônicos óculos redondos – visual que até hoje é ligado a ele em caricaturas e desenhos.

Ele acreditava que All You Need is Love foi sua melhor composição

Quando perguntado por amigos qual letra mais lhe trazia orgulho, John Lennon respondia na lata: All You Need Is Love.

A música, um dos grandes hinos hippie de Lennon (como Imagine e Give Peace a Chance), foi lançada como um single em 1967, mas acabou entrando no disco Yellow Submarine. Ela conta com participações de nomes como Mick Jagger (The Rolling Stones) e Keith Moon (The Who) nos corais registrados na gravação.

All You Need Is Love (Remastered 2009)

Provided to YouTube by Universal Music Group All You Need Is Love (Remastered 2009) · The Beatles Yellow Submarine ℗ 2009 Calderstone Productions Limited (a division of Universal Music Group) Released on: 1969-01-17 Producer: George Martin Composer Lyricist: John Lennon Composer Lyricist: Paul McCartney Auto-generated by YouTube.

John Lennon foi investigado pelo FBI

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Ao longo da década de 1970, o ex-beatle gerou diversas controvérsias por participar das mais variadas manifestações. Fonte: Instagram/John Lennon

<span”>Além de ser polêmico, John Lennon também era um grande ativista anti-guerra e pró-direitos humanos. Por isso, quando decidiu mudar-se para os Estados Unidos, acabou entrando na mira do FBI (Federal Bureau of Investigation).

<span”>A organização governamental temia que o Beatle fosse se tornar um grande agitador cultural de ideias da esquerda em solo americano. Durante a investigação, o FBI analisou letras do cantor para buscar justificativas para deportá-lo, mas isso não deu certo e Lennon conseguiu seu green card para morar nos Estados Unidos.

Ele aprendeu a tocar guitarra com Paul McCartney

Um dos primeiros instrumentos que John Lennon começou a tocar foi o banjo, um instrumento de quatro cordas com afinação diferente da guitarra. Porém, o instrumento não era tão descolado quanto os violões e guitarras, que começaram a ganhar fama em Liverpool (cidade natal de Lennon) com a chegada de hits americanos.

<span”>Como resultado, Lennon correu atrás de um violão, mas só conseguia tocá-lo com quatro cordas e a afinação de banjo; isso só mudou quando ele conheceu Paul McCartney, seu parceiro de Beatles que o ensinou a tocar violão da maneira correta.

Segundo o produtor dos Beatles, John Lennon era um homem “imprático”

Uma das grandes mentes por trás do sucesso dos Beatles era o produtor George Martin, responsável por moldar os arranjos e a evolução da sonoridade da banda do primeiro disco até Abbey Road – um dos 500 melhores discos da história.

Certa vez em uma entrevista, Martin estava debatendo as dificuldades do processo de gravação dos Fab Four, e uma delas era justamente algumas ideias de Lennon. O produtor afirmou “[Lennon] era um homem completamente imprático”.

John Lennon era um grande fã de Elvis, mas não gostou muito dele quando o conheceu

Uma das grandes referências de Lennon [ e os Beatles] em sua formação musical foi o cantor americano Elvis Presley. Singles como Hound Dog e Jailhouse Rock fizeram a cabeça do garoto de Liverpool – quase que literalmente, afinal Lennon adotou um corte de cabelo similar ao de Elvis.

Quando o The Beatles viajou para os EUA em 1964, o empresário Brian Epstein usou seus contatos para tentar fazer com que Lennon e cia. realizassem o sonho de conhecer Presley. No entanto, o Beatle não ficou muito satisfeito com o ídolo. Lennon não achou que Elvis fosse uma pessoa tão cativante pessoalmente – biógrafos de ambas as partes dizem que o comportamento frio do cantor americano pode ter sido um reflexo de seu medo por ser destronado pelos Beatles.

Horas antes de ser morto, autografou um disco para seu assassino

A última foto de John Lennon em vida
A última foto tirada de John Lennon, autografando o disco de seu assassino (lado direito da imagem). Fonte: Paul Goresh/ The Daily Mail

No dia de seu assassinato, John Lennon saiu de seu prédio à pé para uma sessão de gravação em Nova York. Ao sair de sua residência, o Beatle foi abordado por um fã que queria um autógrafo de Lennon em sua cópia do disco Double Fantasy – disco que completa 40 anos em 2020

<span”>Contudo, o que ninguém esperava era que aquele fã seria o responsável pelo assassinato de Lennon apenas algumas horas mais tarde, quando o músico retornava do estúdio para sua casa.

Mark Chapman, assassino de Lennon, alega ter se inspirado no livro O Apanhador no Campo de Centeio

Mark Chapman, o assassino de Lennon
Assassino de Lennon, Mark Chapman em fotos da polícia de Nova York. Fonte: NYPD

Mark Chapman, o assassino de Lennon, havia planejado o crime por meses antes de efetuá-lo. Uma das motivações do criminoso foi o seu incômodo com algumas opiniões e ações do Beatle – uma delas sendo a famosa frase “mais populares que Jesus”.

Outra alegação de Chapman é que ele se inspirou no personagem Holden Caulfield, protagonista do livro O Apanhador no Campo de Centeio (escrito por J.D. Salinger). A obra retrata o ponto de vista de um adolescente sobre a superficialidade da sociedade.

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