Ficou mais fácil investir no exterior; veja por quê

O crescente número de corretoras que oferecem essa possibilidade ampliou o caminho para o investidor

A queda das taxas de juro, durante o ciclo de redução da taxa básica de juros, a Selic, levou primeiramente à migração dos investidores da renda fixa para a bolsa de valores, em busca de rentabilidade mais atraente que os juros miúdos das aplicações mais conservadoras. Não apenas baixos historicamente, mas negativos, à medida que a inflação foi subindo.

De algum tempo para cá, o mercado doméstico de ações passou a dividir a atenção do investidor com opções de aplicação no exterior com igual ou mais atratividade que na bolsa brasileira. Até porque o acesso aos investimentos lá fora foi ficando cada vez mais fácil, com a criação de novos produtos.

Da compra direta de ações no exterior aos fundos que investem lá fora, recibos de ações de empresas estrangeiras e fundos internacionais que o investidor pode acessar por meio do home broker das corretoras. Tudo isso facilitou a vida de quem quer aplicar no exterior.

Quem investe fora hoje encontra também mais corretoras que oferecem essa possibilidade, com cobrança de taxas mais baixas e exigência de valores menores como aplicação mínima. Outra facilidade, anteriormente inexistente, são as várias formas de investir no exterior, por meio de bancos e corretoras, sem a necessidade de remeter o dinheiro para uma conta aberta lá fora. O uso da internet também facilita o acesso.

O último empurrão que fez o investidor acessar mais opções externas foi a permissão dada, em outubro passado, para que pequenos investidores invistam nos Brazilian Depositary Receipts (BDRs), recibos de ações de empresas ou de fundos estrangeiros.

O que são BDRs e ETFs

Os BDRs são certificados que representam ações emitidas por empresas em outros países, mas são negociadas no mercado doméstico, na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Quem compra um BDR, portanto, não faz a aquisição direta das ações da empresa no exterior, mas investem em títulos representativos desses papeis.

Com a flexibilização da regra, o pequeno investidor pode diversificar sua carteira e investir em ações de grandes companhias americanas, como Amazon, Google, Apple e outras. Ou, ainda, aplicar em fundos que investem em ações de companhias de todo o mundo, por meio de um produto chamado ETF (Exchange Traded Fund, na sigla em inglês).

O ETF é um fundo de investimento atrelado a um índice de referência e suas cotas são negociadas no pregão da B3 como se fossem ações. O ETF pode ser referenciado em índices como o Ibovespa, Índice de Dividendos (IDIV), Índice Governança Corporativa (IGC) e muitos outros.

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