"Empresas verdes" atraem investidores como opção do futuro

“Empresas verdes” vem ganhando espaço nas carteiras de investidores institucionais que buscam além dos lucros econômicos, resultados positivos para a sociedade e para o meio ambiente.

"Empresas verdes" são aquelas que além de gerarem lucros para seus acionistas, produzem resultados positivos para a sociedade e para o meio ambiente. Agora, essas empresas ganham cada vez mais espaço nas carteiras dos grandes investidores institucionais de todo o mundo.

O mercado de ações antecipa tendências

Trilhões de dólares públicos e privados devem ser investidos em projetos de energia limpa na próxima década. Além disso, o preço das ações das principais empresas de energia solar, Vivint Solar e Sunrun, triplicaram. Os papéis da montadora de carros elétricos Tesla sobem 251% no ano.

 

As gigantes petrolíferas buscam se reinventar com energia solar

Por outro lado, os reflexos dessa mudança de paradigma, podem também ser observados na reação das grandes empresas petrolíferas mundiais. Por exemplo, a BP abalou o setor quando anunciou recentemente que até 2030 reduzirá sua produção de petróleo e gás em 30% a 40% e aumentará em 10x seus investimentos de energia de baixo carbono.

Duas fortes tendências na última década ajudam a entender esse momento atual. Primeiramente, as campanhas contrárias à industria extrativista. Da África ao Alaska, todo novo projeto de construção de gasodutos, minas de carvão ou poços de gás de xisto receberam forte questionamento público. A indústria de petróleo e gás virou a nova indústria do tabaco. Dessa forma, desinvestimentos retiraram mais de US$ 14 trilhões do portfolio de combustíveis fósseis. Além disso, os preços da energia solar e eólica caíram mais de 80% na última década. Fazendas solares são cada vez mais frequentes e promovem economias, sem investimentos, sem riscos e sem cláusulas contratuais complicadas, como oferecidas pela Sunwise a todos os consumidores de baixa tensão de Minas Gerais.

 

2030 é o novo 2050

O preço do barril de petróleo em torno de US$ 40 deteriora o balanço das empresas de petróleo e gás. A expectativa do retorno aos tempos áureos da indústria parece cada vez mais distante com as fontes renováveis cada vez mais competitivas e as pressões sociais conscientes do desafio das mudanças climáticas.

O senso de urgência para adequação das metas acordadas no acordo ambiental de Paris em 2015 parece estar sendo retomado. A extensa campanha de desinformação sobre o problema nos custou três décadas e agora deveremos acelerar o trabalho de 40 anos em 10 anos.

Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Mais detalhes