Quando acaba a Quaresma em 2022? Conheça tradição cristã

A Quaresma corresponde ao período de 40 dias que antecedem uma das principais celebrações do cristianismo

A Quaresma é uma prática realizada por fiéis de tradição católica, assim como por devotos da Igreja ortodoxa, anglicanos e luteranos. Ela corresponde aos 40 dias que antecedem a Páscoa, como um período especial de reflexão, jejum e oração. Com o domingo de Páscoa chegando, uma dúvida que costuma surgir é a de quando acaba a Quaresma. Saiba mais sobre a celebração cristã.

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Quando acaba a Quaresma em 2022

A Quaresma corresponde ao período de 40 dias que antecedem uma das principais celebrações do cristianismo, a Páscoa, sem contar os domingos. Em 2022, ela começou no dia 2 de março, por ser a Quarta-feira de Cinzas, e 14 de abril é a data de quando acaba a Quaresma, na Quinta-feira Santa. Esse intervalo de tempo costuma ser um tempo especial de oração, penitência, sacrifício e caridade em preparação para o Domingo de Páscoa.

A partir da Bíblia, há várias possibilidades em relação ao motivo pelo qual se estabeleceu a Quaresma com 40 dias de duração. Entre elas, o dilúvio do qual Noé sobreviveu, que levou 40 dias e 40 noites; a travessia do deserto por Moisés e os hebreus, que ocorreu em 40 anos; e, principalmente, os 40 dias que Jesus passou no deserto. Por isso, na tradição católica, esse período também é enxergado como um momento propício para a realização de jejuns ou um sacrifício próprio. Como exemplo, muitos católicos acabam abandonando luxos como sobremesa e álcool durante esses dias. 

Como surgiu a Quaresma

De acordo com o Catholic Education Resource Center (CERC), desde os primeiros tempos da Igreja, há evidências de algum tipo de preparação quaresmal para a Páscoa. No entanto, ela se tornou mais regularizada após a legalização do cristianismo, em 313 DC. A consolidação do período de Quaresma ocorreu durante o Concílio de Niceia, no ano de 325 DC, que consistiu em um encontro de bispos para debater questões importantes relativas à fé cristã nos primórdios da Igreja. 

Nesse Concílio, estabeleceu-se a data da Páscoa, com base nos critérios que levavam em consideração o equinócio da primavera (no hemisfério norte) e as fases da Lua. E foi nele que também houve a primeira menção à Quaresma na história. Ao final do século IV, o período de 40 dias de preparação para a Páscoa já existia, em que a oração e o jejum constituíam seus principais exercícios espirituais. 

Com a etapa de início e de quando acaba a Quaresma estabelecidas, foi preciso definir a respeito de quanto tempo o jejum deveria durar. Em Jerusalém, por exemplo, as pessoas jejuavam por 40 dias, de segunda a sexta-feira, mas não no sábado ou domingo, fazendo com que a Quaresma durasse oito semanas. Enquanto na Roma e no Ocidente as pessoas jejuavam por seis semanas, de segunda a sábado. As regras em relação a forma de jejuar também variavam, em que algumas áreas da Igreja se abstiveram de todos os tipos de carne e produtos animais, enquanto outras tinham exceções para alimentos como peixes. 

Ao longo do tempo, essas tradições da Quaresma evoluíram e sofreram modificações, ficando mais simples e fáceis. As leis atuais do jejum e abstinência consistem em os fiéis jejuarem e se absterem de carne na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, e, nas outras sextas-feiras da Quaresma, apenas se absterem de carne. Além disso, também mantém-se a tradição das pessoas “desistirem de algo” nesse período como uma forma de sacrifício. 

O que é a Semana Santa

A Semana Santa se inicia no Domingo de Ramos, data que marca a entrada de Cristo em Jerusalém, e se encerra no Domingo de Páscoa, dia voltado para relembrar a crucificação e celebrar a ressurreição de Jesus Cristo. Antes do fim de semana, também há a Sexta-feira Santa, determinada pela Igreja Católica como um dia obrigatório para o jejum e a abstinência. Dentro dessa tradição, não se realiza o consumo de carne vermelha ou frango na data, sendo muito comum que as pessoas cristãs substituam esses alimentos pelo peixe em suas refeições, e outras até mesmo preferem não comer nenhum tipo de carne.

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