VÍDEO: 'mimimi', diz Bolsonaro após recorde de mortes por covid

“Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas”, disse o presidente.

Apesar do Brasil enfrentar um dos momentos mais catastróficos da pandemia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou a situação na quinta-feira 4/3. Durante a inauguração de um trecho da ferrovia Norte-Sul, em São Simão (GO), ele chamou o isolamento de "mimimi". Na quarta-feira 3, o Brasil registrou um recorde de mortes por covid em 24 horas: 1.910.

Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o total de vítimas fatais do novo coronavírus no País chegou a 259.271.

Bolsonaro critica isolamento após recorde de mortes por covid

“Vocês (produtores rurais) não ficaram em casa, não se acovardaram. Nós temos que enfrentar nossos problemas. "Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas. Respeitar, obviamente, os mais idosos, aqueles que têm doenças, comorbidades. Mas onde vai parar o Brasil se só pararmos?”, declarou Bolsonaro.

Bolsonaro também disse lamentar as mortes, mas questionou os protocolos para conter a pandemia. "Até quando vão ficar dentro de casa, até quando vai se fechar tudo? Ninguém aguenta mais isso. Lamentamos as mortes, repito, mas tem que ter uma solução. Tudo tem que ter um responsável".

Apesar da declaração, o presidente negou que esteja priorizando apenas a economia. "Lamento as mortes, repito. Antes que comecem a falar por aí, essa imprensa, que eu estou ignorando mortes e pensando em economia. Por que vocês não ouvem falar de vacina em países da África? Ou em alguns países aqui da América do Sul? Porque não tem dinheiro. Não tem economia, então não tem vacina. Se nós destruirmos nossa economia, podem esquecer um monte de coisa", disse.

Veja na íntegra do declaração de Bolsonaro hoje sobre recorde de mortes por covid:

Quarentena em SP e RJ

Devido ao aumento de mortes por covid-19, o estado de São Paulo e a cidade do Rio de Janeiro intensificaram as medidas restritivas para a população.

Fase vermelha em SP: a medida vai abranger todas as cidades do estado. Com isso, apenas os serviços essenciais irão funcionar normalmente. Segundo a nova reclassificação do Plano de São Paulo, a previsão é que a fase vermelha em SP dure cerca de 13 dias. Ela começa a partir do dia 6 de março, próximo sábado, e vai até o dia 19 de março.

Decreto no Rio de Janeiro: a prefeitura impôs restrição a atividades comerciais e circulação de pessoas na cidade por uma semana. Com isso, fica proibido o comércio nas praias, seja ambulante ou quiosque, além de desautorizar o  funcionamento de boates, casas de shows e similares.

Shoppings, lojas, bares e restaurantes podem abrir, mas com restrição de horário e capacidade: das 6h às 20h, limitados a 40% da capacidade.

O decreto do Rio de Janeiro começa a valer a partir das 17 horas de sexta-feira, dia 5 de março de 2021, até a quinta-feira, dia 11.

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